Advogados do mensalão
lançarão livro de poesia
Advogados dos réus do mensalão irão lançar um livro de poemas no final do julgamento.
O volume, cujo título provisório é Mensalão-lão-lão: um Momento de Poesia numa Obra Rigorosa, será patrocinado pelo Banco Rural e será beneficiado pela lei de incentivo fiscal.
“Reuniremos os momentos mais líricos e épicos da defesa”, disse Marcio Thomaz Bastos, ao anunciar que que vai concorrer a uma vaga na Academia Brasileira de Letras.
A seu lado, José Carlos de Oliveira Lima, o Juca, que defende José Dirceu, declamou versos feitos pelo seu cliente: “Batatinha quando nasce/ Esparrama pelo chão/ Juro por minha mãezinha/ Que nunca brinquei de mensalão”.
Trajando toga, todos os advogados aplaudiram o momento elevado.
Os advogados dos réus começaram a manifestar sua veia poética com timidez, com citações discretas a Chico Buarque ou Carlos Drummond de Andrade.
Animados com a receptividade da audiência, aos poucos se sentiram mais à vontade para arriscar versos de sua própria lavra.
O auge veio quando o advogado do ex-deputado Pedro Corrêa concluiu sua defesa com a seguinte tirada: “Juiz, juiz, juiz/ Juiz da toga preta/ Solta o deputado/ Que tem nada na maleta”.
A organização da FliT - Feira Literária de Timbaúba dos Batistas - anunciou que a próxima edição da festa terá uma mesa dedicada à poesia jurídica.
Os nomes de Márcio Thomaz Bastos e Carlos Kakay já estão confirmados.
Convidado para mediar o encontro, o ex-ministro do STF Eros Grau condicionou sua participação à leitura de trechos de seu romance libidinoso O Triângulo no Ponto.
Ao fim de uma das audiências no STF, um emissário do ECAD apresentou a Joaquim Barbosa um boleto de cobrança pelas citações aos versos de Chico Buarque.
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