A seca continua castigando o Nordeste. Em contrapartida, poucos recursos federais chegam à região para amenizar os efeitos da estiagem e para a construção de obras estruturantes. Motivado pelos atrasos na liberação de verbas, o deputado Felipe Maia foi à tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (18), cobrar ações para auxiliar a população da região nos períodos da seca.
Felipe Maia cobrou o repasse do crédito extraordinário editado há mais de dois meses pelo governo federal. A medida provisória (MP) 566, que destina R$ 706 milhões para a região, ainda não teve nem um real liberado. A MP 569, que abriu crédito de R$ 688 milhões para as vítimas da estiagem, só teve 11% de seu total pago até agora.
“Cansamos de ver altas autoridades da República divulgando que o Nordeste está sendo irrigado por bilhões e bilhões de reais. No entanto, não é bem isso que acontece. Existe um enorme descompasso entre o dito e o feito. E quem sofre é o povo que aguarda por uma mão amiga do governo federal”, lamentou.
Adutoras
Apesar dos recursos limitados, o RN vem construindo um sistema de adutoras em diferentes locais do estado, garantindo água para atender à população. As obras da adutora do Alto Oeste, por exemplo, foram retomadas e asseguraram o abastecimento de 23 municípios da região.
Outras construções, entretanto, dependem de recursos do governo federal, como a Barragem de Oiticica, em Jucurutu, e a Barragem de Santa Cruz do Apodi. Esta última está concluída há mais de dez anos, mas sem que o seu potencial seja utilizado em projetos de irrigação. Para a complementação da obra, o PAC prevê a destinação de R$ 195 milhões. Contudo, até agora foram pagos somente R$ 4 milhões, ou seja, 3,5%.
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